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Ele disse que não e nesse momento apercebi-me. Não foi um "não" diferente dos outros, eu é que se calhar estava num momento diferente da vida. E aquele "não" levou-me numa viagem no tempo para analisar em segundos várias relações algumas que ainda se mantinham, outras não. Uma viagem dura que terminou com uma convulsão de emoções e sentimentos que pareciam ter surgido devido àquele simples "não", erradamente.
Era apenas um não repetido no tempo. Uma rejeição não curada. Um abandono que não foi esquecido. Era a perpetuação da ideia de que a minha pessoa não é suficiente para manter as pessoas interessadas em permanecerem na minha vida, parte de mim, da minha vivência. A repetição da ideia de que as pessoas vão embora por minha causa, porque há algo em mim que falha e as faz dizer adeus. 
Há pequenas feridas que parecem não ter muita importância. No entando, se não são tratadas, não desaparecem. Por vezes nem cicatrizam, ficam só ali, ferida aberta. E, por vezes, a dor volta.
Não penso nisso todos os dias, e acho até que é uma ferida que está a ser curada e em breve cicatriza. Mas ainda está lá. E aquele "não" foi mexer na ferida outra vez, recordar diferentes adeus de diferentes relações, alguns desaparecimentos e outras relações que simplesmente foram desaparecendo e recuar até aos momentos, em que criança, me punha em frente da porta, a chorar e a impedir que ele fosse embora. Sempre sem efeito. Sempre a querer que ficasse, sempre a ter que o deixar ir.


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a vontade

Às vezes, vem a vontade a vontade de te ver sempre de estar contigo sempre de esquecer que tudo o resto existe e aí, venho embora, e procuro voltar a mim prefiro ter essa vontade aguentá-la,  diluí-la no tempo esticá-la,  fazendo-a durar, do que acabar com ela logo de uma só vez rapidamente, sem pensar e quase sem sentir então escrevo penso, pinto,  sonho,  grito, abraço essa vontade e trago-a comigo lá no fundo do peito como companhia E quando te volto a ver deixo-a sair para a sentir de novo e deixar que me invada e me faça feliz por te ver por te ter por estar contigo  e sentir novamente aquela vontade louca sem sentido de esquecer tudo o resto e sou só ali contigo eu e a vontade e todos os outros sentimentos e sensações e tudo e tudo. Para depois voltar a mim para que possa voltar para ti sem me esquecer de quem sou e de quem tu és independentes um do outro.

Nota: Be present / Be happy

Remember those moments when you felt so blessed to be alive, when you were so present that everything around you was beautiful, amazing, a gift. Remember moments with other people, when you felt so happy, remember travels when you felt so free, remember the nature, that you observed so many times, that makes you feel that you're in the right way, with all its beauty. Now, in this challenging moment, look around you and find all this beauty and bliss in things that are around you, right now. Open your eyes and your mind too, cause I'm sure you will find it. You´re strong and wonderful and the world around is getting better, more beautiful, more wonderful everyday.. so don't miss it... Be present in every moment and you will find beauty everywhere. Your right now moment is a blessing, so just that it's enough to make you open your eyes every second with a smile on your face and a feeling of gratitude inside. I don't believe in God but I believe in ...

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Há dias em que sinto que não encaixo em lado nenhum. Mas há outros dias, a maioria dos dias ultimamente, em que gosto de ser assim meia estranha, acho até divertido sentir-me meia deslocada e acho interessante. Sempre achei piada àquelas personagens dos filmes que eram diferentes, de diferentes formas. Mas há sempre aquela personagem que, não sendo super linda e inteligente, nem chamando a atenção de todos por nenhuma razão especial, é uma personagem interessante. Eu gosto disso. E gosto de me sentir assim. Conheçoa algumas pessoas a que eu chamaria de "estranhas" que são assim e eu gosto. Conheço pessoas que parecem "estranhas" mas no fundo não são.  Eu gosto de pessoas estranhas, porque são diferentes, cada uma à sua maneira. Pensam por si próprias, desenvolvem ideias, agem e estão com as pessoas sem pensar no que as outras pessoas pensam. Eu gosto disso.  Se calhar todos somos estranhos à nossa maneira. Eu gosto deste tipo de estranheza mais do que as outra...