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A mostrar mensagens de fevereiro, 2020
No meio da confusão, às vezes, o universo tem a sua forma de nos desafiar e de nos fazer parar. Perco-me entre a procura de pessoas, vivências, experiências e tudo o que possa haver para fazer, encontrar e visitar. Quando, na verdade, preciso de olhar para dentro, respirar e procurar em mim um lugar de calma e felicidade.  Então, lá vem a magia de estar prestes a partir numa mini viagem sozinha, algo que nunca antes fiz. E, talvez fosse demorar demasiado tempo a fazê-lo, porque partilhar me parece sempre mais interessante do que guardar só para mim. E porque apesar de parecer excitante a ideia de ir sem ninguém, ter alguém parece dar uma segurança e conforto extra.  Mas se as viagens são como a vida, então isto faz sentido. Vai sozinha, segue o teu caminho. As pessoas, entretanto, aparecem, se assim quiseres... e desaparecem também. Se sou capaz de seguir pela vida sem a necessidade de ter alguém, então sou capaz de partir também nesta viagem, sozinha, com muita confiança de que
Queria pegar no lápis e escrever Pegar no pincel e pintar Pegar no didgeridoo e tocar Queria algo que fizesse sentido Mas as letras começam a confundir-se na minha cabeça e quando os pensamentos pareciam organizados sai uma grande confusão de palavras sem sentido que não reflete metade do que eu queria mandar cá para fora O pincel também não ajuda,  a mão treme a cor esvai-se caramba, e eu só queria fazer qualquer coisa qualquer coisa bonita e com sentido O didgeridoo também não resulta o ar prende-se-me no peito  e não sai qual ataque de pânico, qual quê? é um cerco aos meus pensamentos sentimentos imaginação criatividade? eles estão cá dentro todos juntos  a confraternizar, já que não conseguem sair. E quando me deito fecho os olhos cai uma tela escura à minha frente e saem todos em formas de cores, palavras e sons tão bons, tão bonitos que queria apenas conseguir passar cá para fora um terço de tudo isso que é tão bonito mas só acontece cá dentro.