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a vontade

Às vezes, vem a vontade a vontade de te ver sempre de estar contigo sempre de esquecer que tudo o resto existe e aí, venho embora, e procuro voltar a mim prefiro ter essa vontade aguentá-la,  diluí-la no tempo esticá-la,  fazendo-a durar, do que acabar com ela logo de uma só vez rapidamente, sem pensar e quase sem sentir então escrevo penso, pinto,  sonho,  grito, abraço essa vontade e trago-a comigo lá no fundo do peito como companhia E quando te volto a ver deixo-a sair para a sentir de novo e deixar que me invada e me faça feliz por te ver por te ter por estar contigo  e sentir novamente aquela vontade louca sem sentido de esquecer tudo o resto e sou só ali contigo eu e a vontade e todos os outros sentimentos e sensações e tudo e tudo. Para depois voltar a mim para que possa voltar para ti sem me esquecer de quem sou e de quem tu és independentes um do outro.
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Dizer adeus no trabalho

Não nos preparam para isto. Nunca ninguém me falou disto e nunca pensei passar por isto desta forma. Mas a verdade é que nas profissões da área social, não é possível ignorar a parte relacional. Aliás, essa é a parte mais importante do nosso trabalho, as relações significativas que criámos com as pessoas, com os utentes ou clientes, como lhes quiserem chamar. São pessoas. Pessoas a quem nos ligamos, de quem gostamos e de quem sentimos saudades. Sim, nem todos os dias são cor-de-rosa e nem sempre saímos do trabalho com um sorrido no rosto. Mas isso não significa que não gostemos dessas pessoas. Só que ninguém nos prepara para o momento em que temos de sair. Principalmente, quando sair não é uma decisão nossa. É um murro no estômago, e levantam-se tantas questões: - o que lhes dizer, como lhes explicar? - quando lhes dizer? - como ajudar a conter as suas emoções, quando as nossas emoções também estão à flor da pele? - como deixar para trás anos de relação, de acompanhamento,
Surgiu naturalmente e agora parece-me a forma mais incrível e sincera de gostar. Pensa no quão bom é, teres uma pessoa ao teu lado que te permite explorares tudo aquilo que és, seja com essa pessoa ou com outra. Seja sexualmente, emocionalmente ou intelectualmente, ou de qualquer outra forma que aprecies e desejes. Imagina o quão libertador seria, poderes agir sobre aquilo que sentes, sem medo de magoar a outra pessoa ou de a perder? Pelo contrário, sabendo que ao fazeres isso, podes até estar a contribuir para o aprofundamento da ligação que ambas têm, para o aprofundamento do que conhecem uma da outra e do que conheces ti próprio/a. Não. Uma relação aberta, não é uma relação onde ambas as partes traem e isso é aceite. É uma relação onde todas as partes envolvidas se respeitam e aceitam, e onde a comunicação e sinceridade são peças essenciais. Uma relação que te obrigada a explorar e a falar do que sentes e pensas, com abertura. E aprendes a ouvir e a aceitar também.  Deixas o e
No meio da confusão, às vezes, o universo tem a sua forma de nos desafiar e de nos fazer parar. Perco-me entre a procura de pessoas, vivências, experiências e tudo o que possa haver para fazer, encontrar e visitar. Quando, na verdade, preciso de olhar para dentro, respirar e procurar em mim um lugar de calma e felicidade.  Então, lá vem a magia de estar prestes a partir numa mini viagem sozinha, algo que nunca antes fiz. E, talvez fosse demorar demasiado tempo a fazê-lo, porque partilhar me parece sempre mais interessante do que guardar só para mim. E porque apesar de parecer excitante a ideia de ir sem ninguém, ter alguém parece dar uma segurança e conforto extra.  Mas se as viagens são como a vida, então isto faz sentido. Vai sozinha, segue o teu caminho. As pessoas, entretanto, aparecem, se assim quiseres... e desaparecem também. Se sou capaz de seguir pela vida sem a necessidade de ter alguém, então sou capaz de partir também nesta viagem, sozinha, com muita confiança de que
Queria pegar no lápis e escrever Pegar no pincel e pintar Pegar no didgeridoo e tocar Queria algo que fizesse sentido Mas as letras começam a confundir-se na minha cabeça e quando os pensamentos pareciam organizados sai uma grande confusão de palavras sem sentido que não reflete metade do que eu queria mandar cá para fora O pincel também não ajuda,  a mão treme a cor esvai-se caramba, e eu só queria fazer qualquer coisa qualquer coisa bonita e com sentido O didgeridoo também não resulta o ar prende-se-me no peito  e não sai qual ataque de pânico, qual quê? é um cerco aos meus pensamentos sentimentos imaginação criatividade? eles estão cá dentro todos juntos  a confraternizar, já que não conseguem sair. E quando me deito fecho os olhos cai uma tela escura à minha frente e saem todos em formas de cores, palavras e sons tão bons, tão bonitos que queria apenas conseguir passar cá para fora um terço de tudo isso que é tão bonito mas só acontece cá dentro.
Podes dizer-me porque é que só escrevo sobre tristeza, frustrações ou sobre o amor? Esta mania de tornar tudo intenso. É que neste momento escrever sobre o que sinto, é reconhecer que isto é muito mais do que sou capaz de assumir. São as flores e o vento as ondas do mar tu a dormires ao meu lado os teus olhos a fitarem o horizonte os dedos na guitarra uma festa no cabelo aquele olhar prolongado e o que faço com tudo isso  que deixa de me caber no peito e me quer sair pela boca e não deixo sai-me então pela ponta do lápis no caderno à pressa para dizer que tudo isto é muito mais. Que olho para ti e me sinto  quente como embrulhada numa manta em frente à lareira numa noite de inverno e energética como depois de um mergulho no mar em pleno verão e leve e bem. E isto és tu.
abro a janela e vejo o mundo lá fora. todos os grupos, juntos entre si e separados por barreiras invisiveis, que estão lá, não sei sabe bem porquê. é sábado à noite, momento de socializar, sair, beber um copo e conversar. vejo lá fora tudo isso acontecer. e, no entanto, eu estou aqui. pergunto-me porquê e tento perceber também como me sinto em relação a isso. estou em casa e não lá fora, por escolha própria. podia facilmente calçar-me, pegar nas chaves e bater a porta. estou em casa também, porque não tenho companhia para essa socialização e hoje, não me apetece sair sozinha. começo a sentir-me em paz com isto. onde antes habitava uma inquietude, uma frustração, uma ansiedade por algo que não sei (nunca soube) dizer o que é, agora mora uma calma e tranquilidade. penso que tudo isto faz parte de um ciclo. estou em fase de mudança. já dura há alguma tempo, umas partes foram mais difíceis de aceitar e integrar, outras mais fáceis. esta ainda não sei em que lado a colocar. sinto-me d