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A mostrar mensagens de outubro, 2010
Dá-me a mão que o tempo passa e eu quero guardar-nos. Dá-me a mão que as pessoas que mais quero esquecem-se que as palavras são pedras que ferem. Dá-me a mão para que eu saiba que ainda que os vidros das janelas se partam as portas se fechem os caminhos desapareçam as casas se destruam os muros caiam algo persite ainda imune a esse caos Dá-me a mão para que eu sinta que ainda que outros laços fortes se quebrem como papel fraco os nossos são eternos Dá-me a mão para que  no meio de um tudo sem qualquer sentido eu me possa agarrar a algo único que é o sentido da minha vida. Dá-me a tua mão para que eu sinta a segurança da simplicidade deste amor que ninguém quer ver, reconhecer ou aceitar. Dá-me a tua mão só porque sim Dá-me a tua mão.

Escrever...

A vontade de escrever assola-me e não consigo resistir-lhe. Pego num caderno e caneta e as palavras atropelam-se para virem todas cá para fora. Escrever é viver. Por isso sinto tanto desejo de o fazer. É viver esta vida e ainda outra, talvez mais livre, mais pura e mais verdadeira. Porque a verdade é que, é no papel que colocamos realmente a verdade nua e crua dos nossos pensamentos, de tudo o que está escondido nos recantos da mente. Podemos, oralmente, com quem temos mais cumplicidade e confiança, desvendar algumas dessas ideias, porém, a sua totalidade nem sempre é expressa ou bem compreendida. De modo que, a verdade e significados reais daquilo que dizemos fica sempre em nós. A escrita é mais transparente, porque não precisamos de poupar ou ter tanto cuidado com as palavras. O papel só pede para que se escreva nele e a caneta anseia por voltar a escrever; as pessoas, essas, têm outras expectativas em relação a nós e ao que dizemos. Quem lê, se para isso é o que e

Excertos que marcam

2 "A verdadeira bondade do homem só pode manifestar-se em toda a sua pureza e toda a sua liberdade com aqueles que não representam força nenhuma. O verdadeiro teste moral da humanidade (o teste mais radical, aquele que por se situar a um nível tão profundo nos escapa ao olhar) são as suas relações com quem se encontra à sua mercê: isto é, com os animais. E foi aí que se deu o maior fracasso do homem, o desaire fundamental que está na origem de todos os outros. (...) Ainda tenho nos olhos a imagem de Tereza sentada num tronco a afagar a cabeça de Karenine e a meditar no fracasso da humanidade. Ao mesmo tempo, aparece-me outra imagem: a de Nietzsche  a sair de um hotel em Turm. Vê um cocheiro a vergastar um cavalo. Chega-se ao pé do cavalo e, sob o olhar do cocheiro, abraça-se à sua cabeça e desata a chora. A cena passa.se em 1889 e Nietzsche, também ele, já se encontrava muito longe dos homens. (...) A sua loucura (e portanto o seu divórcio da humanidade) começa no inst
A partir do momento em que comecei soube que nunca mais iria querer parar. Porque sim, acredito que cada um se constrói a si próprio, deve reflectir, olhar para dentro, querer conhecer-se, mas será sempre um ser para os outros e é também por causa dos outros que olha tanto para si e tenta ser melhor. O voluntariado é uma parte central da minha vida. E a felicidade que me dá é do mais pura possível, pois o que recebo não se toca, às vezes, não se vê, mas sente-se e é tanto que não cabe em mim. É uma troca de bens que muita gente hoje em dia não vê. Sei que também dou. Dou tempo, dedicação e amor. Digo que é uma felicidade pura, porque no fundo os bens que circulam aqui não são palpáveis, mas valem muito mais do que um salário milionário. Devia começar a promover-se este tipo de actividades, já que nós jovens somos o futuro, parece-me que seria bom que tivéssemos trabalhadas as nossas capacidades de nos relacionarmos com os outros e a sensibilidade de nos preocuparmos e de ol