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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2014

Asas, para que vos quero?

Às vezes, queremos a todo o custo fugir ou evitar certas situações. 'Pernas, para que vos quero?', perguntamo-nos tantas vezes, enquanto o medo, a ansiedade ou o nervosismo se vão apoderando de nós conforme os formos deixando. Queremos pernas para correr dali para fora, para corrermos e podermos voltar para nossa zona de conforto, para o nosso ninho pessoal e emocional, onde conseguimos que tudo faça sentido. Na maioria das vezes, na minha vida, não queria ter pernas para fugir... queria ter asas para voar e ir atrás dos meus sonhos. Queria tanto as minhas asas imaginárias ou reais para concretizar todas as minhas ideias. Há dias de enorme extâse e criatividade, dias em que basta acordar para fazer acontecer. As ideias invadem a minha mente, uma atrás da outra, ou todas aos tropeções, às vezes nem consigo distingui-las. Dias em que sou grande, gigante, capaz de tudo, sou uma heroína. Sou tudo o que quero, imagino e sonho. E até consigo ser o que os outros querem. Nos dias e

Cartas para ti IX

Ontem à noite, o meu pensamento estava contigo. Aliás, como acredito que está sempre, só não está também o corpo porque ainda não descobri forma de o teletransportar como bem me apetece. Mas o meu pensamento estava contigo, levou o meu sono embora e manteve-me acordada a noite toda. Ontem eras tu em todo o lado. Toda a casa gritava por ti, a cama, os lençóis... tudo pedia a tua presença e tu tão longes, sem saberes sequer que te queríamos aqui. Que te queria. Agarrei a almofada, apertei-a junto ao corpo na tentativa de preencher um vazio que não sei de onde vinha, mas foi em vão. Dormir agarrada a uma almofada pode ser confortável, pode até ser mais confortável do que dormir contigo... mas escolheria mil vezes dormir no desconforto do teu corpo, do teu abraço, ficar com o braço ou a mão dormente, apenas porque quero abraçar-te a noite toda. Mil vezes não dormir a noite toda porque não consigo parar de te fazer festas no cabelo, nas costas, no ombro. Mil vezes noites em claro a conv

A minha montanha russa

Sempre achei que nunca andaria numa montanha russa... É giro de ver e consigo perceber que seja divertido, mas penso sempre ficaria enjoada e mal disposta naquelas descidas. Talvez por vontade própria e num primeiro momento, nunca andaria. Claro que digo isto a pensar nas montanhas russas das feiras populares. E só depois me lembrei das montanhas russas das emoções. Ah, se penso que nunca entraria numa das outras, destas se calhar penso que nunca irei sair. Não sendo sempre com altas descidas ou subidas, a minha vida é a minha montanha russa pessoal. Ora momentos de êxtase e alegria quase louca, ora humores cinzentos, apatia e vontade de nada nem de coisa nenhuma.  É engraçado como num momento sinto uma paixão pela vida contagiante, eufórica e inabalável e, de repente, às vezes, parece que a bateria se acabou, já não tenho energia e tudo desaba... mas desaba por razão nenhuma quase sempre. Sem que eu consiga identificar algo que perceba que me faz realmente sentir mal e em baixo.