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A mostrar mensagens de novembro, 2009

desejos

Vem, vem... Vem que o corpo pede e tu também queres. Vem que esse sorriso nos lábios não engana e ambos sabemos como acaba. Vem que faz frio e eu preciso... Vem, vamos gozar um pouco, como quem não quer a coisa, esquecer esse mundo louco, vem... vem, meu bem, não há nada para pensar, amanhã não sei onde vamos estar, mas vem, não interessa, não importa, vem hoje. Vamos colorir o mundo, por um segundo, o para sempre não existe, vem, que nenhum de nós resiste.
Existem momentos em que a nossa vida muda, mas muda radicalmente, de maneira que perdemos o controlo total, pelo menos por instantes, do rumo a seguir. Tudo mudou e eu já nem sequer reconheço quem sou, porque tudo o que tinha de mais valioso e mais próximo de mim se transformou. Parece que perdi o chão e sinto-me perdida. Sei que o adjectivo perdida tem uma conotação um tanto ou quanto negativa; apesar de, às vezes, reconhecer e sentir na pele esse valor prejorativo, também lhe encontro um valor enriquecedor. Sinto-me perdida porque não sei nada. E não sabendo nada, estando de mãos vazias, eu sou acima de tudo livre. E sinto-me acima de tudo eu. E nos meus momentos sós, que últimamente têm sido mais, porque a vida o quis e eu, às vezes, escolho, fico a olhar o mar em toda a sua fúria nestes dias frios de Outono, ou ligo o meu rádio e ouço os 80 e 90, fico ali a curtir o meu som, a minha onda, aproveitando esta droga que me transporta para um mundo para lá do real onde a minha cab