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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2009

Café e uns pensamentos

E não há nada como acordar de manhã e ter horas para chegar, mas despacharmo-nos demasiado rápido e podermos simplesmente sentarmo-nos um pouco no café da esquina. Há tempo para pedir o dito café, tomá-lo e vaguear um pouco (como faço agora). Tudo o que digo ou escrevo não passam de divagações e, conforme o estado de espírito, serão elas raivosas ou pacíficas. Contudo, aqui me encontro eu, nesta pequena sala, apenas com mais três clientes. O silêncio é suficiente para ouvir o trabalho da cozinha enquanto o senhor na mesa ao lado passa as folhas do jornal e, entre o barulho de alguns carros (já de manhã), é possível ouvir o burburinho apaixonado do casal de namorados, na mesa ao fundo, que toma o pequeno-almoço, alegre, no seu ritual amoroso. E eu nesta simples mesa. Parece-me que quando o silêncio é demasiado profundo se consegue ouvir a caneta a gatafunhar no papel e os meus pensamentos confusos. Mas, isto são mais divagações. Pago o café e saio para a rua. Começa o dia.

O tempo

O tempo é como o vento. O tempo é como um rio. O tempo é como a vida. Passa, passa, passa... (...) Mais nada, shhh.... Passa. Tenta apanhá-lo. Mas não dá. Ele passa sereno na sua rapidez, na sua velocidade de simplesmente passar. (O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu que o tempo que o tempo tem é igual ao tempo que o tempo tinha...)

Estranho/a

A vida é matreira, as pessoas seres em constante transformação. Chego à conclusão que o que quero num minuto, recuso no seguinte. Parece que não sei o que quero da vida, mas existem momentos em que tenho certezas absolutas. Estranho. Serei a estranha? O allien? O extraterrestre dentro de mim? Porém, apesar de às vezes estes sentimentos me assustarem também me satisfazem. Sinto-me bem por ser capaz de mudar, evoluir e crescer a cada minuto que passa. Contudo, aflijo-me por ser tão inconstante e instável, sendo que quando atinjo um estado de felicidade e paz, algo encontro para mudar esse panorama (bem sei que também a felicidade plena é difícil de encontrar, porque a procuramos nos lugares onde não existe...). Por outro lado, essa instabilidade acaba por me forçar a lutar mais por algo melhor, a não me conformar e a tentar ir mais longe... O que quero eu? O que sei eu? Não sei. Sei nada. Estranho. (Sou) Estranha.

A harmónica alegre

Por motivos de trabalho estava a procurar na internet umas músicas do Bob Dylan, mais propriamente " Blowing in the wind ". Encontrei, como sempre, várias versões e também, como sempre, fiquei confusa com tanta variedade. Lá carreguei numa. Era realmente a música que eu procurava e fiquei especada a ouvi-la, completamente deliciada. Era a música, sim. Apenas com harmónica.  Lá no meu inconsciente pensei que me fazia lembrar alguma coisa. Havia algo que eu queria recordar, mas que estava fechado a sete chaves no baú velho das nossas memórias, que apesar da pouca idade que tenho, já estão guardadas memórias de dezoito anos. Ah. E quase me vieram as lágrimas aos olhos. Ah... era isso afinal. A harmónica. Lembraste de quando tocavas para nós? Apesar de tudo conseguias ser uma pessoa tão alegre. Sei que muitas coisas devias fazer para te distraíres, mas agora que olho para trás penso que nos fazias muito feliz apenas a tocar harmónica. Uma música, qualquer que ela fosse