Sempre achei que nunca andaria numa montanha russa... É giro de ver e consigo perceber que seja divertido, mas penso sempre ficaria enjoada e mal disposta naquelas descidas. Talvez por vontade própria e num primeiro momento, nunca andaria. Claro que digo isto a pensar nas montanhas russas das feiras populares.
E só depois me lembrei das montanhas russas das emoções. Ah, se penso que nunca entraria numa das outras, destas se calhar penso que nunca irei sair. Não sendo sempre com altas descidas ou subidas, a minha vida é a minha montanha russa pessoal. Ora momentos de êxtase e alegria quase louca, ora humores cinzentos, apatia e vontade de nada nem de coisa nenhuma.
E só depois me lembrei das montanhas russas das emoções. Ah, se penso que nunca entraria numa das outras, destas se calhar penso que nunca irei sair. Não sendo sempre com altas descidas ou subidas, a minha vida é a minha montanha russa pessoal. Ora momentos de êxtase e alegria quase louca, ora humores cinzentos, apatia e vontade de nada nem de coisa nenhuma.
É engraçado como num momento sinto uma paixão pela vida contagiante, eufórica e inabalável e, de repente, às vezes, parece que a bateria se acabou, já não tenho energia e tudo desaba... mas desaba por razão nenhuma quase sempre. Sem que eu consiga identificar algo que perceba que me faz realmente sentir mal e em baixo.
Pois...
Pois...
Estou a procurar no lugar errado, não é? A paixão pela vida vem da minha mente, da minha visão do mundo, dos pensamentos que cultivo... Então, a minha apatia também vem daí, da minha mente. Acho que apesar de, normalmente, ter uma visão positiva e alegre do mundo e da minha vida, ocasionalmente, desanimo e sinto fracasso. Talvez porque queria algumas coisas depressa demais na minha vida, porque de certa forma me comparo a outras pessoas... Talvez porque às vezes não consigo perceber que demorar um pouco mais a atingir algo não significa que esse algo não vai acontecer. Talvez a minha sede de vida me atropele, por vezes, e me faça querer andar depressa demais, viver depressa demais, amar depressa demais... E, depois, de repente, fico com faltar de ar, não consigo respirar, vejo o mundo girar à minha volta, lembro-me do que ainda não fiz e quero fazer, lembro-me das pessoas que passaram e que estão na minha vida, do tempo que perdi em coisas que não faziam sentido e... preciso de uma pausa, afogo-me e volto à vida. Renasço e sinto de novo vontade de viver a 100%. Sinto de novo vontade de subir na montanha russa, esquecendo que o mais provável é que a seguir venha uma nova descida.
Mas nesses momentos, não quero saber do que vem a seguir. Nesses momentos, sei que sou capaz de tudo e que conseguirei sobreviver a qualquer descida. E na verdade sou, porque a montanha russa é minha e a verdade é que continuo aqui, depois de todas as subidas e descidas, pronta para mais uma volta.
Mas nesses momentos, não quero saber do que vem a seguir. Nesses momentos, sei que sou capaz de tudo e que conseguirei sobreviver a qualquer descida. E na verdade sou, porque a montanha russa é minha e a verdade é que continuo aqui, depois de todas as subidas e descidas, pronta para mais uma volta.
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