Já não me lembrava de chorar de amor. Mas no outro dia, olhei para ti e emocionei-me, senti o peito cheio de algo, de uma energia boa que não sei definir melhor do que isto, caiu-me uma lágrima e sorri. Foi um lágrima tão feliz, acredita. Deixei-a cair, deixei-me senti-la e sentir a sensação doce de te querer, de admirar e de gostar de ti. Foi nesse momento que percebi que um pequenino lugar dentro de mim seria teu, sempre, independentemente do amanhã. Aquele pedacinho de mim é teu. Sim, esse. Aquele bocadinho de pele no ombro, aquele sinal na bochecha, aquele canto do lábio, aquele brilho nos olhos, aquele fio de cabelo que afastaste dos meus olhos e que teima em voltar sempre para a frente da minha cara. Afinal, são vários pedacinhos. E são teus.
A introspeção é algo muito importante, que pode parecer bonito e relaxante, mas nem sempre o é. Não é nada fácil olharmos para nós e vermos as nossas falhas e vulnerabilidades. Mas, se não o fizermos, é bem mais difícil mudar e evoluir. E vamos continuar a bater com a cabeça contra a parede, sem perceber porque é que determinadas coisas continuam a acontecer. Eu ainda estou a trabalhar a nível do reconhecimento das vulnerabilidades, e uma delas é gritante e talvez comum a muitas pessoas: falta de confiança e/ou insegurança. Parece uma coisa banal, mas nem sempre é fácil admitir. Ou podemos até ser capazes de admitir para nós próprios, mas não para os outros. Para os outros, usamos sempre a capa de pessoa super confiante, invencível. Mas eu reconheço essa falha e sei que ela tem tido impacto em diferentes áreas da minha vida. A insegurança fez com que muitas vezes não falasse mais com determinadas pessoas, não procurasse relacionar-me mais com elas, apesar de sentir uma ligaç
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