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Cross the line

E eis que damos de caras com uma linha, um limite, uma regra. O que fazer? Essas linhas existem ou são-nos impostas para nos mostrar caminhos que não deveríamos seguir, algo que não devíamos ser, barreiras, zonas interditas, nas quais não podemos entrar sem saber bem porquê.

O curioso e irónico de tudo isto é que quantos mais limites nos põem, mais nós sentimos necessidade de ultrapassá-los. É como um teste que queremos muito passar. É a curiosidade, a adrenalina, o perigo, o desconhecido, o quebrar as regras, o ser livre.
A verdade é que não existem linhas, apenas nas nossas mentes. Só existem as barreiras que nós construímos ou que tentam construir para nós. 
Existem linhas que devem ser ultrapassadas sim, porque estão a impedir a nossa felicidade, o nosso caminho. outras não, porque vão contra os nossos valores. Dentro de nós fica a resposta... Se pisarmos a linha não temos retorno, mas se não a pisarmos também não há volta a dar. É uma decisão de momento. Ou cedemos a pressões ou somos realmente nós.

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Paixão

Sei que a maioria das pessoas diz que a paixão é temporária, o que importa mesmo é que exista o amor verdadeiro e companheiro. Mas, desculpem-me, eu cada vez concordo menos com isto. Cada vez acredito mais que a paixão é realmente importante e completa o sentimento de amor. A paixão é todo o desejo, impulso, fogo que sentimos pelo outro; o amor é mais calmo, mais estável até, por isso é que muitas vezes amamos, só que a paixão não está lá, o que faz com que algo não esteja bem, sentimos que falta algo, sem saber bem o quê. É preciso que se cultive a paixão, que se vá alimentando a fogueira, porque esta paixão foi muitas vezes aquilo que nos fez dar o primeiro passo, atirar de cabeça. Esta paixão foi aquele desejo súbito de estar com o outro, de nos entregarmos, mesmo que sem segurança nenhuma, sem nada que nos dissesse "é para valer" ou "vai dar tudo certo". Esta paixão é a vontade pura e primeira do outro, da sua pessoa e do seu corpo. Acredito que é, frequentem...

a vontade

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