E foi só quando chegamos à praia que eu vi, verdadeiramente, a sua magia. Sabia já que eram especiais, mas nunca tinha percebido que, apesar de tudo o que já tinham passado e passavam ainda, ainda possuiam a inocência natural de ser criança. Foi aí que percebi que ainda havia esperança e que poderia ainda ter um papel importante nas suas vidas, porque nada estava perdido. Afinal, sabiam sorrir, brincar, afinal podia acreditar, existe um caminho melhor para vocês.
E, por tudo isto e muito mais, não sei como vos deixar, não sei como dizer que chegou o fim desta viagem, não sei como explicar que já não estarei tão presente como dantes, como vocês se habituaram e como eu me habituei. E não foi apenas um hábito, mas sim algo que preenchia o meu tempo livre, me dava prazer, me fazia feliz, porque comecei a ligar-me a vocês, a gostar de vocês. Sempre achei que eram mais do que mostravam ser, que eram mais do que julgavam ser capazes e continuo a acreditar cada vez mais. O que vocês nem imaginam é a ligação que tenho com vocês e o quanto é difícil para mim encarar a ideia de ir embora, de não voltar todas as semanas, de não vos ver todas as semanas, de não acreditar todas as semanas que a magia existe. Mas, ao menos agora sei que existe.
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