Dá-me a mão que o tempo passa e eu quero guardar-nos. Dá-me a mão que as pessoas que mais quero esquecem-se que as palavras são pedras que ferem. Dá-me a mão para que eu saiba que ainda que os vidros das janelas se partam as portas se fechem os caminhos desapareçam as casas se destruam os muros caiam algo persite ainda imune a esse caos Dá-me a mão para que eu sinta que ainda que outros laços fortes se quebrem como papel fraco os nossos são eternos Dá-me a mão para que no meio de um tudo sem qualquer sentido eu me possa agarrar a algo único que é o sentido da minha vida. Dá-me a tua mão para que eu sinta a segurança da simplicidade deste amor que ninguém quer ver, reconhecer ou aceitar. Dá-me a tua mão só porque sim Dá-me a tua mão.