Quando tomamos uma decisão e levamos avante é uma sensação fantástica. Ainda que essa decisão possa magoar outras pessoas e fazê-las sofrer um pouco - quase parece egoísmo - sem intecionalidade. A verdade é que muitas vezes ficamos presos a aspectos da nossa vida, coisas, pessoas, acções, etc não por causa dos nossos sentimentos ou porque realmente queremos ficar presos, mas pelas nossas crenças. O que é que os outros vão pensar, o que vai acontecer a seguir, vou ser mais infeliz com ou sem isto ou sem aquela pessoa, blá blá blá. Raramente colocamos aquilo que realmente sentimos no topo da nossa vida e das nossas decisões. Porque às vezes é mais fácil seguir o caminho que é mais agradável para os outros e tentar enganar o nosso eu. O problema é que, por vezes, o nosso eu não se satisfaz com esse tipo de truques e algo dentro de nós começa a indicar-nos que algo não está bem ou que algo está em falta. Porque só estamos a pensar nos outros. E se pensarmos: "Se não tivesse de pensar nas outras pessoas todas que me rodeiam e que terão reacções diversas ao meu comportamento, o que é que eu queria fazer?". Este tipo de perguntas, para mim, torna claros os meus pensamentos e aquilo que eu quero realmente para mim. Porque, se pensarmos bem, as outras pessoas também não serão felizes realmente se nós estivermos a viver e a tomar decisões que não vão criar conflito com elas. Porque, mais cedo ou mais tarde, dar-se-á pela falta de algo nas relações - digo eu.
E, esqueci-me de referir, às vezes tomar decisões que, apesar de não serem o que queremos fazer, não geram conflitos ou não fazem sofrer os outros, também têm a possibilidade de nos trazer um pouco mais de "sofrimento" temporário. E isso também não agradável para nós, pelo menos naquele momento e por conformismo ou por medo dessa dor, às vezes, deixamo-nos ficar.
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