Há momentos na vida em que parece que conseguimos alcançar o equílibrio. Há momentos em que parece que, finalmente, encontramos o nosso caminho. Isso dá-nos uma sensação de bem-estar e mesmo quando algo não corre tão bem como gostaríamos, conseguimos contornar isso e não nos vamos abaixo. Eu sinto que estou num desses momentos. E se me perguntarem, sinto-me feliz. Se tenho tuuuuudo? Provavelmente, não. Tenho o essencial e dou valor a tudo o que tenho e acho que é isso que me faz ter esta sensação de leveza, de bem-estar e de gratidão para com a vida. De facto, a felicidade é uma viagem. Às vezes, afastamo-nos um pouco dela (sim, nós é que nos afastamos, porque ela está sempre lá), mas, mais cedo ou mais tarde, acabamos por reencontrar o caminho e dar de caras com ela. E é isso que eu estou a viver neste momento, dei de caras com a felicidade. Uma felicidade que eu construo a cada dia que passa, encontrando alegria em pequenas coisas, dedicando-me a outras pessoas, tentando ajudá-las, focando-me nos meus objetivos, procurando ser coerente com aquilo que penso, que quero e que faço. No fundo, não é muito difícil (apesar de eu, às vezes, também me esquecer disso)... Se olharmos bem, há tanta coisa boa no mundo para nos fazer sorrir e fazer sentir, pelo menos um bocadinho melhor.
A introspeção é algo muito importante, que pode parecer bonito e relaxante, mas nem sempre o é. Não é nada fácil olharmos para nós e vermos as nossas falhas e vulnerabilidades. Mas, se não o fizermos, é bem mais difícil mudar e evoluir. E vamos continuar a bater com a cabeça contra a parede, sem perceber porque é que determinadas coisas continuam a acontecer. Eu ainda estou a trabalhar a nível do reconhecimento das vulnerabilidades, e uma delas é gritante e talvez comum a muitas pessoas: falta de confiança e/ou insegurança. Parece uma coisa banal, mas nem sempre é fácil admitir. Ou podemos até ser capazes de admitir para nós próprios, mas não para os outros. Para os outros, usamos sempre a capa de pessoa super confiante, invencível. Mas eu reconheço essa falha e sei que ela tem tido impacto em diferentes áreas da minha vida. A insegurança fez com que muitas vezes não falasse mais com determinadas pessoas, não procurasse relacionar-me mais com elas, apesar de sentir uma ligaç
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