É um alívio enorme quando te apercebes e aceitas a tua inadequação. Hoje percebi que todo o mal que tenho sentido em mim, veio da minha tentativa de encaixar, de achar que eu tinha que caber naquela forma, de achar que o sentir-me mal ou desadequada era da minha cabeça, que só tinha que tentar um pouco mais, forçar um pouco mais, trabalhar um pouco mais. E hoje, ao falar simplesmente, a resposta saiu-me dos lábios como se fosse a frase mais comum e natural que eu poderia dizer: "Hoje eu sei que ando sempre em altos e baixos, porque a realidade em que vivo e que vou criando à minha volta não me diz nada, não faz sentido, não me satisfaz". E é ao aperceber-me disso que ganho força e encontro maneiras de tornar a minha realizada mais adequada a quem eu sou e não aos outros. Só percebendo isso é que posso começar a moldar o meu pequeno mundo, a encontrar aquilo que realmente quero ser e fazer com a vida que me foi dada, ao invés de andar a passar pelo mundo como se ele não fosse feito para eu o viver. Tudo o que tenho é o meu mundo, a minha pessoa, a minha mente, as minhas ideias. Tudo isso é meu e é tanto. Só tenho de pegar em tudo isso e deixar de querer que eles se enquadram numa estrutura que não é minha e que, portanto, não me satisfaz. E quando eu me adequar a mim, entender quem sou e finalmente deixar esse ser fluir, existir e crescer sem limites, eu sei, eu sei, tenho tanto para dar ao mundo. Quando me finalmente deixar ser quem sou.
A introspeção é algo muito importante, que pode parecer bonito e relaxante, mas nem sempre o é. Não é nada fácil olharmos para nós e vermos as nossas falhas e vulnerabilidades. Mas, se não o fizermos, é bem mais difícil mudar e evoluir. E vamos continuar a bater com a cabeça contra a parede, sem perceber porque é que determinadas coisas continuam a acontecer. Eu ainda estou a trabalhar a nível do reconhecimento das vulnerabilidades, e uma delas é gritante e talvez comum a muitas pessoas: falta de confiança e/ou insegurança. Parece uma coisa banal, mas nem sempre é fácil admitir. Ou podemos até ser capazes de admitir para nós próprios, mas não para os outros. Para os outros, usamos sempre a capa de pessoa super confiante, invencível. Mas eu reconheço essa falha e sei que ela tem tido impacto em diferentes áreas da minha vida. A insegurança fez com que muitas vezes não falasse mais com determinadas pessoas, não procurasse relacionar-me mais com elas, apesar de sentir uma ligaç
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