E nenhum deles voltou. Nenhum deles respondeu ou devolveu a chamada.
Nenhum deles devolveu o convite, nenhum deles se lembrou dela para um café, nenhum deles tomou a iniciativa.
Se calhar, nenhum deles conseguiu alguma vez ver metade do que ela era ou do que ela sentia. Todos eles colocaram uma barreira, por ela ser demasiado assim ou assado, por falar, por rir, por beber, por fumar. Todos eles encontraram algum motivo para erguer uma barreira que, por muito pequena que fosse, serviu o seu propósito. Separou-a do resto do mundo e quando ela pensou que seria natural fazer parte e estar incluída, percebeu que afinal, estava de fora. Fora do círculo, fora do muro, fora do grupo, fora do mundo. E, ao contrário dela, nenhum deles sentiu falta.
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