E foste de novo. Mais uma aventura. Deixaste o mundo e as pessoas para trás. A tua força faz com que nem tenhas de pensar duas vezes. A razão só te assalta mais tarde, ao mesmo tempo que solidão. Estás só de novo. Num novo lugar. Com novas pessoas. Nada te é conhecido. Tudo fora da tua zona de controlo. Como fazes agora? Quem te consola nas noites vazias? Sim, quem te ajuda nas horas longas que sempre te custaram a passar? Ninguém. Não te enganes. Ninguém. A vida dos outros também continua, sabes? Tu é que mudaste e deixaste todos. Mas eles continuam a ter-se uns aos outros, continuam a conhecer os seus caminhos, as suas pessoas. Eles conseguem distrair-se e continuar a sua felicidade. Tu hás-de conseguir também, acredito em ti. Mas por agora, parece que passas por ela, perdida na imensidão deste novo sítio. E eu sei, às vezes, só querias gritar por alguém? Mas por quem? Estão todos longe. Quem te vai ouvir? Quem pode fazer alguma coisa? Quem quer de facto fazê-lo? A tua mente trai-te os pensamentos e consome-te. Pega num cigarro, numa cerveja, senta-te à janela e escreve. A vida pode não mudar, mas com a escrita, fica mais leve.
A introspeção é algo muito importante, que pode parecer bonito e relaxante, mas nem sempre o é. Não é nada fácil olharmos para nós e vermos as nossas falhas e vulnerabilidades. Mas, se não o fizermos, é bem mais difícil mudar e evoluir. E vamos continuar a bater com a cabeça contra a parede, sem perceber porque é que determinadas coisas continuam a acontecer. Eu ainda estou a trabalhar a nível do reconhecimento das vulnerabilidades, e uma delas é gritante e talvez comum a muitas pessoas: falta de confiança e/ou insegurança. Parece uma coisa banal, mas nem sempre é fácil admitir. Ou podemos até ser capazes de admitir para nós próprios, mas não para os outros. Para os outros, usamos sempre a capa de pessoa super confiante, invencível. Mas eu reconheço essa falha e sei que ela tem tido impacto em diferentes áreas da minha vida. A insegurança fez com que muitas vezes não falasse mais com determinadas pessoas, não procurasse relacionar-me mais com elas, apesar de sentir uma ligaç
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