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Há sempre uma razão.

Porque realmente cada pessoa entra na tua vida por alguma razão. Algumas às vezes só para te abrirem os olhos, mostrarem-te duas ou três coisas, para entretanto saírem da tua vida de novo. Seja porque na verdade nunca criaram uma ligação contigo, isso aconteceu apenas na tua imaginação; seja porque tudo aquilo que te mostraram foi fingido ou irreal. De qualquer das formas tu aprendes e isso é bom. Tens de agradecer a essas pessoas, ainda que possa ser frustrante muitas vezes. Até porque tu vês o enorme valor que elas têm e que não percebem que tu reconheces e eventualmente não te reconhecem a ti. Às vezes é triste, porque tu crias uma ligação forte com elas, que elas não vêm, não valorizam ou não conseguem corresponder. Mas não te esqueças, essas pessoas têm valor, ensinam-te coisas importantes... e tu também tens valor, por isso se eventualmente essas pessoas te fazem sentir menos ou em vez de te fazerem sentir mais te fizerem sentir a mais, tens o direito de desligar, dizer adeus com o coração, à distância, ir deixando a distância ocupar o seu lugar, colocando tudo em perspetiva, e podes deixar-te ficar a admirá-las à distância apenas, fazendo de conta que nunca te apercebeste que algo quebrou.

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período cinzento, cinzentíssimo...

Não gosto de me sentir assim e não queria escrever sobre como me sinto, porque isso é admitir, de facto, que me sinto assim. E eu quero negá-lo a todo o custo. Mas não tenho como. Sinto-me completamente em baixo. Sinto mal em qualquer lado, sinto-me mal comigo, com o meu corpo, com tudo e acabo por fazer mal às pessoas que tenho a meu lado. É tão estranho.  Eu sei o que, supostamente, tenho de fazer para não me sentir assim, mas sinto-me tão fraca, como se não valesse a pena. Mais vale deixar-me ficar aqui sentada e não me chatear. Só que estar sentada sem fazer nada chateia-me! Um dia sentada a olhar para a televisão ou para o computador mata-me e não tenho conseguido fugir disso (pelo menos enquanto andar de muletas, por causa do pé torcido!)... Sinto que me sai tudo torto, canso-me das coisas com facilidade, quero explicar e não consigo. "Inês, o que é que se passa contigo?" e eu com um nó na garganta, a querer responder e não me sai nada, "Inês, por favor, fa