Sei que a maioria das pessoas diz que a paixão é temporária, o que importa mesmo é que exista o amor verdadeiro e companheiro. Mas, desculpem-me, eu cada vez concordo menos com isto. Cada vez acredito mais que a paixão é realmente importante e completa o sentimento de amor. A paixão é todo o desejo, impulso, fogo que sentimos pelo outro; o amor é mais calmo, mais estável até, por isso é que muitas vezes amamos, só que a paixão não está lá, o que faz com que algo não esteja bem, sentimos que falta algo, sem saber bem o quê. É preciso que se cultive a paixão, que se vá alimentando a fogueira, porque esta paixão foi muitas vezes aquilo que nos fez dar o primeiro passo, atirar de cabeça. Esta paixão foi aquele desejo súbito de estar com o outro, de nos entregarmos, mesmo que sem segurança nenhuma, sem nada que nos dissesse "é para valer" ou "vai dar tudo certo". Esta paixão é a vontade pura e primeira do outro, da sua pessoa e do seu corpo. Acredito que é, frequentemente, anterior ao amor, mas não morre por aí, tem de ser alimentada e mantida, ao mesmo tempo que o amor nasce, cresce, transforma. Pois, parece-me que se não houver este fogo e desejo corremos, talvez, o risco de cair não numa relação de amor, mas numa amizade "íntima" e próxima. A paixão é a redescoberta do outro e de nós todos os dias, como se todos os dias conhecessemos o outro pela primeira vez e nos estivessemos a apaixonar por ele pela primeira vez; é também, por assim dizer, não cair no erro de pensar que conhecemos o outro na sua totalidade, que a relação já evoluiu tudo, atingiu o pico máximo, que nos leva a sentir que já não estamos a beneficiar, nem nós nem o outro dela, já não há ligação, nem nada para sentir, porque acabou a novidade, a aventura e o prazer de olhar o outro como alguém único.
A introspeção é algo muito importante, que pode parecer bonito e relaxante, mas nem sempre o é. Não é nada fácil olharmos para nós e vermos as nossas falhas e vulnerabilidades. Mas, se não o fizermos, é bem mais difícil mudar e evoluir. E vamos continuar a bater com a cabeça contra a parede, sem perceber porque é que determinadas coisas continuam a acontecer. Eu ainda estou a trabalhar a nível do reconhecimento das vulnerabilidades, e uma delas é gritante e talvez comum a muitas pessoas: falta de confiança e/ou insegurança. Parece uma coisa banal, mas nem sempre é fácil admitir. Ou podemos até ser capazes de admitir para nós próprios, mas não para os outros. Para os outros, usamos sempre a capa de pessoa super confiante, invencível. Mas eu reconheço essa falha e sei que ela tem tido impacto em diferentes áreas da minha vida. A insegurança fez com que muitas vezes não falasse mais com determinadas pessoas, não procurasse relacionar-me mais com elas, apesar de sentir uma ligaç
Comentários
micas adoro-te e obrigada por seres como es e por seres minha amiga,pois sem ti muitas vezes estaria perdida :)